La noción de ‘diferencia minoritaria’ inaugura la posibilidad de una percepción polivalente de las sociedades actuales que se encuentran marcadas por los fenómenos de la globalización y la migración. Podemos considerarlas, siguiendo las reflexiones del teórico cultural Homi Bhabha, como conjuntos sociales tejidos por las múltiples y dinámicas relaciones de sus sujetos que constituyen comunidades parciales y sólo de forma temporal. Las contribuciones del presente volumen se aproximan, desde esta perspectiva, a un complejo de cuestiones que entrelazan las nociones de género, nación, raza y clase tanto en el discurso sociocultural como en las expresiones artísticas y populares de distintas regiones latinoamericanas. En estos fenómenos se evidencia la indisolubilidad de los diversos niveles de ‘diferencia minoritaria’ que resultan del entrecruzamiento de las multifacéticas experiencias de diferencia. Las estrategias generadas en Latinoamérica, que operan desde la polifonía y la interacción en lugar de norma y asimilación, pueden ser consideradas, en este sentido, como punto de partida para enfrentar los desafíos de una futura sociedad global.

A noção de ‘diferença minoritária’ inaugura a possibilidade de uma percepção polivalente das sociedades atuais que se encontram marcadas pelos fenômenos de globalização e da migração. Podemos considerá-las, seguindo as reflexões do teórico cultural Homi Bhabha, como conjuntos sociais tecidos por múltiplas e dinâmicas relações de seus sujeitos que constituem comunidades parciais, com delimitação temporal. As contribuições do presente volume se aproximam, por esta perspectiva, a um complexo de questões que entrelaçam as noções de gênero, nação, raça e classe tanto no discurso sociocultural como nas expressões artísticas e populares de distintas regiões latino-americanas. Nestes fenômenos evidencia-se a indissolubilidade dos diversos níveis de ‘diferença minoritária’ que resultam do entrecruzamento das multifacetadas experiências da diferença. As estratégias geradas na América Latina, que operam desde a polifonia e a interação em vez de norma e assimilação, podem ser consideradas, nesse sentido, como ponto de partida para enfrentar os desafios de uma futura sociedade global.

CORNELIA SIEBER é assistente de cátedra do Instituto de Romanística e mem¬bro do Centro de Investigação Ibero-Americana da Universidade de Leipzig.
EDUARDO GUERREIRO BRITO LOSSO é docente pós-doutor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e bolsista da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
CLAUDIA GRONEMANN é catedrática designada do Instituto de Romanística da Universidade de Mannheim.